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7 de fevereiro de 2012

Os Descendentes - Blog e-Ubanidade

As relações familiares são fundamentais na vida e na formação de qualquer indivíduo, isso é fato, porém, também temos que levar em conta, que é no seio da família que nascem muitas neuroses e doenças psicológicas. Inclusive aquelas que não são vistas a olho nu. E é assim que o filme Os Descendentes, que concorre ao Oscar em nada mais e nada menos do que cinco categorias (melhor filme, melhor diretor, melhor ator – George Clooney –, melhor roteiro adaptado e melhor edição), constrói uma história viva, realista, simples e tocante.

Com tantos prêmios, inclusive sendo o grande esperado a levar o Oscar de melhor filme, uma vez que já levou o Globo de Ouro na categoria Drama, não espere encontrar um Clooney charmoso. O contrário é o que está lá, até mesmo em uma das cenas, em que o personagem corre pelas ruas, ele é atrapalhado e nada charmoso. Mas é ali que a gente se identifica com aquele homem, ou seja, está com a mulher acidentada, em coma, com dias contado e tenta reaproximar sua família. Porém, no momento exato, descobre que mãe e filha não se falavam há algum tempo porque a moça pegou a genitora na cama com outro. Assim, além de estar entre a morte de uma pessoa querida, vive as dores de quem é traído, aquela maldita que não sabemos exatamente onde dói, mas incomoda.

Fica claro que o diretor Alexander Payne tenha uma proposta na construção da história: a descontrução. Por isso, fique de olho no personagem de Clooney que além de ser o exemplo do cara que tinha tudo para ser um encostado – família rica –, trabalha duramente e, principalmente, é interpretado por um dos maiores galãs do cinema mundial, todavia na tela vemos um homem com roupas simples e desconexas, rugas, barba e feio.

Outro ponto de destaque da película é o de mostrar um Havaí fora das praias, mas das pessoas comuns e dos seus moradores com as sempre mazelas e conquistas humanas. Também gostei da trilha sonora que tem como objetivo apenas sinalizar alguns momentos, basicamente feito de músicas da região, sem nos promover a emoção gratuita. Assim sendo, quando os momentos mais dramáticos do filme são apresentados a trilha sonora não é para te levar às lágrimas.

Mesmo que o fim seja dramático e esperado, não deixa de emocionar, principalmente na forma como aquela família se desconstrói e se remonta com as suas inseguranças, dores, mágoas e perdão. Nada é politicamente correto. Tudo é possível quando temos os sentimentos humanos envolvidos.

Vale a pena assistir já que teremos bons filmes estreiando na próxima semana. Finalmente!

Minha opinião :D

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