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20 de agosto de 2017

Em Ritmo de Fuga - Blog e-Urbanidade

Em Ritmo de Fuga (Baby Driver) tem uma premissa bem simples e repetida: trata-se de um filme de fuga de assaltantes em roubos fenomenais. Porém, a película do diretor Edgar Wright surpreende pela capacidade de apresentar essa narrativa de forma inusitada e com jeitão de vídeo-clipe.

Sem dúvida, o grande diferencial de Em Ritmo de Fuga está na direção. O roteiro é bem básico: Baby (Ansel Elgort) é um garoto que dirige muito bem e tem a missão de tirar os assaltantes da cena do crime, por meio de manobras incríveis. Por ter problema de audição, o rapaz está sempre com seu fone de ouvido, escutando alguma boa música.

Apesar de não ter um furo no roteiro, por exemplo, a relação de fidelidade de Baby com Doc (Kevin Spacey) não chega a convencer.

As primeiras sequências de Em Ritmo de Fuga são dois pontos altos do filme. A abertura com Baby dublando uma música, enquanto aguarda o retorno dos assaltantes, é um convite eficiente para o assistidor entrar na história. Em seguida,  a fuga pelas ruas são eletrizantes e mostra o que vem na próxima hora de projeção.

Na próximoa sequência Wright dirige um plano sequência com Baby indo comprar café na esquina. A sequência tem jeito de musical, como La La Land, e, definitivamente, é ali que o expectador se sente à vontade Em Ritmo de Fuga. Porém, é a partir daqui que o filme começa a ser um pouco irregular.

O romance de Baby com a atendente da lanchonete, Deborah (Lily James), é leve e se assiste com um sorriso no rosto. Lily constrói uma personagem carismática e a dupla funciona bem. As brincadeiras em encontrar músicas com o nome deles é uma boa estratégia do roteiro.

O restante do elenco, que não é fraco, se destaca. Kevin Spacey e Jamie Foxx fazem seus personagens habituais, o chefão duro e o sujeito revoltado mas com humor, respectivamente. Já Jon Hann surpreende em fazer um vilão bem fora da curva dos seus últimos personagens.

Em Ritmo de Fuga é, antes de mais nada, um filme para quem gosta de boa música e se propõe a assistir uma produção bem feita, criativa e que foge do senso comum dos filmes desse gênero.

Assista o trailer e veja como o diretor mistura música com a sonoplastia da cena.


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